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Cidades Inteligentes: O futuro está próximo

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Cidades Inteligentes: O futuro está próximo

Conceito de Smart Cities

O conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities) envolve a adoção de tecnologias para informação e comunicação em espaços urbanos visando prover melhorias na gestão pública, no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida da população. Ou seja, quando nos referimos ao conceito de cidades inteligentes, estamos falando de esforços coordenados do governo, de empresas e demais organizações para aproveitar as tecnologias de rede para melhorar as condições de habitar, trabalhar e de sustentabilidade para as pessoas que vivem naquele local.  

Mas não é só de recursos tecnológicos que estamos falando. De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, dez fatores indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. Já consolidada como assunto fundamental na discussão global sobre desenvolvimento sustentável, as smart cities devem movimentar, até 2020, um gasto mundial estimado em US$ 1,5 trilhão.

Umas das grandes perguntas relacionadas a essas cidades é se elas terão a infraestrutura de rede necessária para implantar novas tecnologias e realmente aproveitá-las. Em seu artigo sobre o assunto, a presidente da Ciena no Brasil, Patrícia Vello, destacou:

Uso da tecnologia 5G como propulsor da cidade inteligente  
A cidade inteligente do futuro próximo e, em alguns casos, do presente, é sustentada pelo fluxo ininterrupto e confiável de dados de redes com e sem fio interconectados. Há grande expectativa de podermos contar com a tecnologia 5G: aumento da largura de banda (até 1.000 vezes por unidade de área), até 100 vezes mais dispositivos conectados e redução de até 90% na utilização de energia na rede, juntamente com taxas de conexão de até 10 Gb/s para dispositivos móveis no campo.
A próxima geração de redes móveis 5G traz com ela uma nova capacidade para evitar a interrupção e garante que os diversos requisitos de latência, largura de banda e confiabilidade para diferentes serviços possam ser atendidos em toda a rede física atual. Isso é chamado de fatiamento de rede (network slicing).

Por que o fatiamento de rede é tão importante?

Ao privilegiar a conectividade móvel para cada tipo de uso com múltiplas redes virtuais em uma infraestrutura única de rede física, as operadoras podem disponibilizar rapidamente serviços específicos para a necessidade de uso de cada fatia. Essa capacidade é especialmente importante nas implantações de cidades inteligentes, já que os dispositivos envolvidos nestes casos podem afetar a vida das pessoas.

Preparando a rede: SDN e NFV

À medida que as cidades se tornem mais inteligentes e mais conectadas, as operadoras precisarão garantir que suas redes sejam flexíveis e capazes de ser fatiadas para atender às crescentes e cada vez mais variadas necessidades da cidade inteligente e de sua população. A chave para isso é a virtualização na forma de rede definida por software (SDN) e de virtualização de funções de rede (NFV). As redes 5G precisarão ser adaptáveis, dinâmicas e programáveis ??de ponta a ponta, valendo-se, para isso, de construções virtualizadas. Portanto, à medida que as fatias individuais da rede sejam implementadas, seu desempenho será adaptado de forma autônoma e programática.

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Oportunidades de receitas e ameaças à segurança

As redes preparadas para SDN e NFV abrirão as portas para novos tipos de uso, o que contribuirá para fluxos de receita inovadores e contínuos que vão além da simples conectividade e capacidade.

Qualquer coisa que aumente a diferenciação dos serviços de rede móvel certamente será analisada de perto pelas operadoras de redes já que a largura de banda móvel está rapidamente se transformando em uma commodity – na maioria das regiões, a verdadeira diferenciação é o preço. E a capacidade de assegurar as melhores fatias de rede para serviços essenciais que necessitem de métricas garantidas (como carros sem motorista e serviços públicos fornecidos pela própria administração municipal – atendimentos de emergência, segurança, visibilidade de dados etc.) – ajudarão não só a gerar receita para as operadoras, mas também a garantir a eficácia das tecnologias de ponta das cidades inteligentes na melhoria da vida dos cidadãos.

Em breve, todos nós moraremos em cidades inteligentes?

As cidades e seus habitantes estão mostrando um significativo interesse em aproveitar as muitas vantagens da cidade inteligente. As operadoras de rede terão de intervir e garantir que a cidade conectada do futuro tenha a base de rede para conseguir realizar essa transformação. O aproveitamento da capacidade do 5G de fatiamento ajudará as operadoras a fornecerem conectividade, velocidade e confiabilidade adequadas para cada caso.

No Brasil, as capitais São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) foram eleitas as cidades mais inteligentes e conectadas, segundo o ranking Connected Smart Cities, elaborado pela  Urban Systems.

Fontes e mais informações:

IP News – Mudança para cidades inteligentes
IP News – Gasto mundial com soluções de cidades inteligentes
EXAME – As 100 cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil
FGV Projetos – O que é uma cidade inteligente

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