Muitas vezes os provedores de internet necessitam dividir uma conexão de fibra óptica em várias, principalmente com o crescimento do mercado e a procura elevada de clientes que buscam internet de alta velocidade. Para isso existe o splitter óptico, mas você sabe como ele funciona?
Entenda, neste artigo, seu funcionamento e conheça os diferentes modelos de splitter, os cuidados necessários e descubra a importância que ele tem para os provedores.
O que é um splitter?
O splitter é um componente utilizado para criar um aumento de ramificação de redes PON, o que acontece por meio de um sinal óptico distribuído de uma única fibra para outras.
Sendo assim, é um componente muito usado por provedores de internet, pois consegue deixar a rede PON com maior capilaridade.
Em outras palavras, ele consegue repartir a rede mantendo a forma e a qualidade e dividindo a potência igualmente para que mais clientes possam receber a conexão de rede.
Como ele funciona?
O funcionamento de um splitter ocorre com a derivação ou distribuição das fibras da rede, permitindo que a OLT consiga atender a diferentes ONTs, o que é indispensável para o uso ponto-multiponto.
Por que é importante?
A importância do splitter se dá em razão da crescente expansão das redes de fibra óptica e da demanda por velocidades maiores, o que resulta em cada vez mais oportunidades de negócio para o nicho.
Para exemplificar melhor, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entre os anos de 2015 e 2017, o número de acessos de rede por fibra cresceu aproximadamente 630%, o que corresponde a quase 1 milhão de acessos em comparação com os 128 mil anteriores.
Com isso, a demanda por splitter aumentou, porque ele permite que, a partir de uma única fibra, o provedor consiga alimentar múltiplos locais, reduzindo consideravelmente o custo de gerenciamento, expansão e escalabilidade.
Quais são os diferentes modelos de splitter?
Existem dois modelos diferentes de splitter, o balanceado e o desbalanceado. Cada um tem suas próprias características e é mais indicado para determinado tipo de rede. Confira:
Splitter balanceado
O modelo balanceado também recebe o nome de Planar Lightwave Circuit (PLC), sendo o mais recomendado para quando há necessidade de dividir a fibra mais de duas vezes. Isso porque ele é o que consegue fazer a divisão do sinal de entrada de maneira simétrica nas saídas, resultando em perda homogênea.
Atualmente é possível encontrar modelos desse tipo que vão de 2 até 128 portas de saída, assim como podem ter de 1 a 2 portas de entrada.
Além disso, é o tipo mais indicado para uso em rede de distribuição de provedores, uma vez que é mais vantajoso colocar mais clientes em uma porta PON única.
Splitter desbalanceado
Por sua vez, o splitter desbalanceado é chamado também de Fused Biconical Taper (FBT) e tem uma porta para entrada e apenas duas de saída. Também é um tipo de topologia usado em aplicações específicas, por isso é preciso que o projeto de rede seja elaborado adequadamente para poder ser utilizado.
O uso desse modelo nem sempre é recomendado, especialmente, pelo fato de que há perdas na saída, e, como esse modelo precisa ser escolhido considerando o percentual de acoplamento das fibras, essas perdas acontecem de forma não homogênea.
Quais os cuidados necessários com o splitter?
Um dos principais cuidados é que ele precisa ter fibras de acordo com a norma G.657, que é uma norma especial que refere que a fibra não deve ser sensível à curvatura.
Com esse cuidado, a fibra não perde confiabilidade ou qualidade de conexão, mesmo que esteja em um ambiente com tamanho restrito para ser acomodada.
Outro cuidado exigido é para que a atenuação da rede não fique perto do limite de funcionamento do equipamento. Se isso acontecer, com o passar do tempo, pode haver a degradação da fibra, comprometendo o funcionamento da rede.
Em conclusão, o splitter óptico é um recurso de grande importância para possibilitar o crescimento dos provedores de internet. Com os cuidados necessários e o modelo ideal, os resultados do uso são muito satisfatórios.
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