Você sabe escolher um cabo de fibra óptica? O cabo certo vai garantir desempenho, segurança e durabilidade na rede do seu provedor.
Na hora de montar ou expandir a rede de um provedor de internet, essa escolha é um dos fatores mais importantes. O cabo de fibra óptica parece ser um componente simples, mas é determinante para o desempenho, a segurança e a confiabilidade da conexão oferecida aos clientes.
Com diversas opções disponíveis no mercado, é fundamental entender as aplicações e características de cada tipo de cabo para fazer a escolha certa. Neste artigo, reunimos 7 dicas que vão te ajudar a escolher o cabo de fibra óptica ideal para o seu provedor de internet, garantindo mais qualidade, desempenho e economia no seu projeto de rede.
1. Avalie o ambiente de instalação: aéreo ou subterrâneo
A primeira etapa é entender o ambiente em que o cabo de fibra óptica será instalado:
- Cabos aéreos: instalados em postes, expostos às intempéries e ações externas.
- Cabos subterrâneos: lançados em dutos, valas ou diretamente enterrados, exigem maior proteção mecânica e contra umidade.
Essa classificação define o nível de resistência e o tipo de construção do cabo, como veremos a seguir.
2. Conheça os tipos de cabos aéreos: Tight e Loose
No caso dos cabos de fibra óptica aéreos, os modelos mais comuns são:
- Tight Buffer: têm fibras revestidas individualmente e são mais robustos. São ideais para pequenas distâncias e ambientes internos ou controlados.
- Loose Tube: as fibras são alojadas em tubos com gel ou materiais secos, oferecendo melhor proteção contra umidade e variações de temperatura. São os mais usados em redes aéreas de longa distância.
Além disso, modelos como cabo figura 8 incluem um mensageiro metálico integrado, facilitando a instalação aérea com maior resistência à tração.
3. Entenda os tipos de cabos subterrâneos
Para instalações subterrâneas, o cabo de fibra óptica precisa ser resistente a compressão, umidade e, muitas vezes, à ação de roedores. Os principais modelos são:
- Cabo DDE (Direto Enterro com Elemento anti-roedor): ideal para instalação diretamente no solo, sem dutos. Possui proteção contra roedores e elementos reforçados.
- Cabo DDR (Direto Duto com Elemento anti-roedor): utilizado em dutos, com proteção adicional contra pragas.
- Cabo Submarino: desenvolvido para ligações intercontinentais ou intermunicipais em regiões costeiras ou com presença de rios, os cabos submarinos são extremamente robustos e resistentes à pressão.
- Cabo OPGW (Optical Ground Wire): usado em redes de energia elétrica, atua como cabo de guarda (aterramento) e transporta dados. Possui alta resistência mecânica e excelente proteção eletromagnética.
A Eletronet, por exemplo, utiliza cabos OPGW em sua rede óptica nacional, garantindo maior confiabilidade, segurança e otimização da infraestrutura por meio do compartilhamento das torres de energia elétrica.
4. Escolha a construção certa para cada aplicação
Além da localização, é essencial considerar a aplicação do cabo:
- Drop cable: O cabo drop é usado na conexão final ao cliente.
- Indoor/Outdoor: indicado para ambientes mistos, evita a necessidade de emendas.
- Breakout: cada fibra tem revestimento próprio, ideal para ambientes com alto número de conexões.
- Pré-conectorizado: facilita a instalação e reduz o tempo de ativação.
Há também cabos com tecnologia low friction, que reduzem o atrito durante o lançamento em dutos, acelerando a instalação e evitando danos à fibra.
5. Atente-se à quantidade de fibras
O número de fibras dentro do cabo depende da topologia da rede e da previsão de crescimento. Para redes de acesso, geralmente 1 ou 2 fibras por cliente são suficientes, enquanto redes de backbone podem exigir até 144 fibras ou mais.
Planejar com uma margem de segurança evita retrabalho e garante escalabilidade futura.
6. Atenção ao tipo de fibra: monomodo ou multimodo
Outro fator essencial é o tipo de fibra utilizado:
- Fibra monomodo (SM): indicada para longas distâncias e alta performance. Ex: padrão G.652 ou G.657A (flexível e compatível com G.652).
- Fibra multimodo (MM): adequada para curtas distâncias, como redes locais (LANs), geralmente usada em ambientes internos.
O tipo de fibra influencia o alcance da rede e os equipamentos compatíveis.
7. Conectores e polimentos impactam a performance
A performance do cabo de fibra óptica também está ligada ao tipo de conector e ao polimento usado:
- Conectores: SC/APC, LC/UPC, ST e FC, variam conforme o tipo de rede e equipamento.
- Polimentos:
- PC: comum em redes locais.
- UPC: menor perda de inserção.
- APC: ideal para longas distâncias e redes de alta performance.
8. Verifique normas e padrões de segurança
Cabos de fibra óptica devem estar em conformidade com normas técnicas que garantem segurança e desempenho. Verifique:
- Códigos de cores: Entender os códigos de cores da fibra óptica facilita a identificação das fibras durante instalação e manutenção.
- Normas de flamabilidade: como LSZH (Low Smoke Zero Halogen), recomendada para locais com fluxo de pessoas, como data centers.
Consultar o datasheet do fabricante também é uma boa prática para conhecer todos os detalhes técnicos do cabo.
9. Conte com fornecedores confiáveis e soluções integradas
Mais do que escolher o cabo de fibra óptica ideal, é importante adquirir produtos de fornecedores reconhecidos, que sigam padrões de qualidade e ofereçam suporte técnico. A Eletronet, por exemplo, disponibiliza serviços de link dedicado para provedores com alta performance, segurança e disponibilidade, permitindo que ISPs entreguem conexões de excelência aos seus clientes.
Escolha Certa do Cabo de Fibra Óptica
Escolher o cabo de fibra óptica ideal para sua rede vai além de comparar preços: envolve entender o ambiente, a aplicação, a estrutura física do cabo e o tipo de rede que você está construindo. Com as informações certas, é possível montar uma rede mais eficiente, escalável e durável.
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