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Como o IPv6 pode reduzir custos operacionais dos ISPs

Como o IPv6 pode reduzir custos operacionais dos ISPs
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A transição do IPv4 para o IPv6 já não é apenas uma questão de acompanhar avanços tecnológicos, mas de reduzir custos operacionais e ganhar competitividade no mercado. Atualmente, cerca de 50% dos Sistemas Autônomos no Brasil já utilizam o IPv6, e a tecnologia está 100% operacional nos maiores provedores de conteúdo, como Google, Netflix e Microsoft.

A adoção do novo protocolo, além de ser uma exigência técnica para o futuro da conectividade, oferece benefícios operacionais que ajudam os provedores a reduzir despesas e aumentar a eficiência de suas redes.

No segundo artigo da nossa série sobre IPv6, exploraremos as vantagens práticas do IPv6 em comparação ao IPv4, explicando como sua implementação pode contribuir para a sustentabilidade financeira dos ISPs, evitando complexidades como o uso do CGNAT.

O fim do IPv4 e o contexto atual dos ISPs

O IPv4, criado na década de 1980, foi suficiente por décadas, mas o crescimento da internet e o advento de dispositivos como smartphones e IoT levaram ao esgotamento de seus cerca de 4 bilhões de endereços disponíveis. Soluções temporárias como o CGNAT (Carrier-Grade NAT) surgiram para contornar essa limitação, permitindo o compartilhamento de um único endereço IPv4 público entre múltiplos dispositivos privados.

Apesar de eficaz em curto prazo, o CGNAT traz desafios operacionais e custos adicionais, como:

  • Limitação de conexões simultâneas, impactando a experiência do usuário.
  • Complexidade na identificação de dispositivos, dificultando respostas rápidas a incidentes de segurança.
  • Incompatibilidades com aplicações P2P, jogos online e serviços de voz sobre IP.

Com o IPv4 esgotado globalmente, o IPv6 se apresenta como a solução definitiva para atender à crescente demanda por conectividade.

Mas quais são as vantagens concretas desse protocolo?

6 vantagens do IPv6 sobre o IPv4

1. Economia com infraestrutura de rede

O IPv6 reduz a dependência de equipamentos de CGNAT (Carrier Grade NAT), necessários no IPv4 para gerenciar a escassez de endereços IP. Esses equipamentos são caros: um modelo Enterprise custa entre R$150 mil e R$250 mil, e cada gigabit de tráfego adicional pode elevar os custos em até R$7.500. Com o IPv6, boa parte desse tráfego não precisa passar pelo CGNAT, eliminando gargalos e economizando significativamente. (Fonte: Fernando Frediani)

2. Redução de custos com endereços IP

Blocos de IPv4 (/22) podem custar entre R$150 mil e R$200 mil, enquanto o IPv6 oferece uma solução praticamente ilimitada de endereçamento. Isso permite atender a uma base maior de clientes sem onerar o orçamento com a compra de endereços. Além disso, a ativação do IPv6 reduz o uso de portas no IPv4, otimizando os recursos disponíveis para clientes corporativos.

3. Menores despesas operacionais

O IPv6 simplifica a gestão de logs, reduzindo custos com armazenamento e suporte técnico. Isso agiliza a identificação de usuários e melhora a resposta a demandas judiciais e policiais. Além disso, a tecnologia diminui os chamados no suporte técnico, resultando em menos gastos com pessoal, telefonia e sistemas de atendimento.

4. Segurança e resiliência

O IPv6 é mais robusto contra ataques DDoS e não sofre com muitos dos problemas de segurança associados ao IPv4. A melhoria na resiliência das rotas e dos servidores DNS aumenta a estabilidade da rede, reduzindo custos com mitigação de ataques.

5. Diferencial no mercado

Adotar o IPv6 fortalece a imagem da empresa como um provedor alinhado com as melhores práticas tecnológicas. Esse diferencial pode ser decisivo em licitações e na atração de clientes corporativos, que cada vez mais valorizam o uso de tecnologias avançadas.

6. Preparação para o futuro

O IPv6 é essencial para garantir compatibilidade com equipamentos modernos, como roteadores Wi-Fi 6. Investir em dispositivos compatíveis evita custos adicionais com substituições ou suporte técnico, garantindo uma experiência superior para o cliente e menor taxa de cancelamentos.

Como fazer a transição para o IPv6?

A migração do IPv4 para o IPv6 pode ser feita de forma gradual por meio do dual stack, permitindo que os dois protocolos coexistam temporariamente. Essa abordagem evita interrupções nos serviços e dá aos provedores o tempo necessário para adaptar suas redes e educar seus clientes.

Além disso, técnicas como túneis IPv6 sobre IPv4 ou NAT64 podem ser empregadas para facilitar essa transição, dependendo do ambiente e das necessidades específicas do ISP.

Planejar é essencial

Para implementar o IPv6 de forma eficaz, é fundamental ajustar a infraestrutura, incluindo roteadores, concentradores PPPoE e links corporativos. Apesar dos investimentos iniciais, os benefícios operacionais, financeiros e competitivos tornam o IPv6 uma escolha indispensável para ISPs que buscam crescimento sustentável e redução de custos.

Conclusão

A mudança para o IPv6 é inevitável, mas representa uma oportunidade para os ISPs otimizarem suas operações e atenderem às demandas crescentes do mercado. Com benefícios que vão desde a redução de custos até uma melhor experiência do cliente, o IPv6 é a escolha certa para provedores que buscam crescimento sustentável e competitividade no setor de telecomunicações.

Quer saber mais sobre como o IPv6 pode beneficiar sua operação? A Eletronet oferece suporte completo para ISPs que desejam realizar essa transição de forma planejada e eficiente, incluindo soluções de trânsito IP que já operam com IPv6.

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