Pequenos Provedores de Internet estão crescendo cada vez mais dentro do serviço de banda larga no interior do Brasil. A maioria nasceu como operadora de TV por assinatura, mas hoje muitos oferecem também banda larga fixa ou até telefonia fixa e móvel.
A queda do mercado de TV paga, por conta da crise econômica, da pirataria e da competição das OTTs, obriga essas empresas a repensarem seus modelos de negócios. São mais de 3 milhões de assinantes em mais de 4 mil municípios.
Com este acelerado crescimento dos ISPs, em pouco tempo grandes operadoras podem mostrar interesse nas infraestruturas que foram criadas para facilitar o próprio trabalho de expansão de uma rede que já estaria pronta, inclusive com a chegada do 5G.
A dificuldade destas possíveis parcerias e consolidações está principalmente nos dados coletados. A maioria dos provedores não tem todos os números de tudo que está sendo realizado. Como resultado da regra que estava em vigor, muitos provedores paravam de informar a Anatel sobre sua base de assinantes quando atingiam a marca de 49 mil. Com o novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), é considerado de pequeno porte, a empresa com até 5% de market share na sua região.
Faltam informações precisas sobre a localização das redes e sobre a quantidade de usuários. Esta organização dos dados também é importante para universalizar o acesso à Internet diante da elaboração do Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que viabilizará o uso dos recursos do Fust, projeto que pretende levar banda larga fixa e móvel para o interior do Brasil.
Parte da culpa para a baixa visibilidade de dados se deve à regulamentação antiga da Anatel Antes, os pequenos provedores eram aqueles com até 50 mil assinantes. Acima desse limite, as empresas passavam a ter que atender a uma série de obrigações regulatórias similares àquelas de grandes operadoras, o que inviabilizaria seus negócios.
Quanto mais visibilidade a Anatel tiver, melhor será a alocação de recursos para a universalização, diminuindo o risco de se fomentar a construção de redes onde não houver necessidade. De acordo com o levantamento da Anatel, 36% dos municípios brasileiros não são atendidos por fibra óptica. Eles representam aproximadamente 20 milhões de pessoas.