Não, não é um arquivo de Power Point. Também não é sigla de algum partido político. Se para os profissionais do mercado de Telecom o termo já é bem familiar, para o público leigo “PTT = Ponto de Troca de Tráfego” pode soar como código morse ou de programação.
Já falamos um pouco sobre o assunto tempos atrás aqui mesmo no blog da Eletronet, mas vale a pena reforçar. E mais do que isso, vale a pena aprofundar o tema, detalhando também sua importância para a estrutura e bom funcionamento da Internet e para o sucesso dos negócios dos provedores.
Mesa de bar
Uma das melhores analogias para explicar o que é um PTT vem de Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR. Desde dezembro de 2005 a entidade é responsável por coordenar e integrar as iniciativas e serviços da Internet no país.
Para Getschko, um Ponto de Troca de Tráfego é como uma “mesa de bar”: um ponto de encontro onde há cerveja disponível (tráfego de dados) e toda a infra-estrutura necessária para o consumo (hardware), além de pessoas ao redor (provedores), que podem ou não estar bebendo ou conversando entre si (trocando dados).
Ou seja, ao invés dos provedores trocarem dados entre si gerando diversas conexões, os PTTs funcionam como verdadeiros “hubs”, centralizando todo o tráfego de dados em uma determinada região para que a partir dali ele possa ser acessado e distribuído para outras localidades.
Uma rede de redes
Com isso, já dá para ter uma ideia da importância dos pontos de troca de tráfego para o bom funcionamento da Internet. Uma vez que seria impraticável criar infra-estruturas únicas para a troca entre cada provedor – tanto pelo custo elevado quanto pela inviabilidade técnica -, os PTTs permitem que esse processo seja simplificado.
E não apenas para os provedores de serviço. Como a Internet é composta por Sistemas Autônomos (as ASs – Autonomous Systems) que incluem também servidores, provedores de tráfego e usuários finais, os pontos de troca de tráfego acabam servindo com verdadeiros pilares de sustentação da rede.
Infra-estrutura e custos
De certa forma a Internet é organizada hierarquicamente: na primeira camada, existem os provedores internacionais chamados Tier1, que trocam dados entre si e têm acesso a toda rede mundial sem pagar; na segunda camada, há os grandes provedores nacionais que têm acesso limitado a Internet e devem se tornar clientes daqueles provedores da primeira camada; por fim, há os provedores regionais e finalmente os usuários locais.
Sem os pontos de troca de tráfego, os provedores regionais dependeriam de se conectar diretamente aos provedores da primeira camada, para todas as trocas de dados, provavelmente a um custo muito maior, com um serviço pior e de maior latência. Graças aos PTTs, eles podem trocar tráfego aqui mesmo, com custos menores, redução do valor pago aos provedores estrangeiros e diminuição da latência.
Em um país continental como o Brasil, a importância dos PTTs é ainda maior, sendo necessário ainda mais PTTs para que os provedores regionais possam distribuir o tráfego e levar conexão para cidades fora dos centros metropolitanos. E é aqui que a Eletronet pode ajudar esses provedores. Presente em 9 PTTs (São Paulo-NIC, Fortaleza, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Campinas e São Paulo-Equinix) através de uma rede de mais de 17 mil km de fibra óptica utilizando cabos OPGW, podemos suportar suas operações e ajudá-lo a expandir seus negócios.
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