SUPORTE  0800 771 1237

Flag UK

Peer, em relacionamento com (parte 3)

Peer-to-peer
FACEBOOK
LINKEDIN
TWITTER

Atualmente, os dois principais players da internet são os Provedores de internet e os Provedores de Conteúdo. Nesse ponto, é de grande importância saber qual serviço sua empresa oferece e qual serviço seu cliente oferece a partir de seu produto. Um provedor de internet, por exemplo, se conectará diretamente a grandes provedores de conteúdo (novamente, Google, Facebook e Netflix são os maiores aqui) para que seja possível redistribuir todo esse tráfego para seus clientes dentro da menor distância possível. O peering entre provedor de internet e provedor de conteúdo pode ser muito vantajoso para ambas partes, porém existem regras de como e em quais condições ele pode ser feito.

O excelente site do PeeringDB é basicamente o Facebook dos provedores de internet. É lá que você encontrará novas redes amigas, verá de onde elas são, quais são suas fotos mais curtidas e o mais importante: em que tipo de relacionamento elas estão. Ok… pensando bem, o PeeringDB é o Tinder dos provedores de internet.

Por que a variedade de canais é importante? Ter uma gama de canais variada permite que seu cliente entre em contato de forma rápida, esteja ele no desktop do trabalho, em casa com um tablet ou no celular enquanto se desloca durante o dia. Além disso, cada consumidor tem um perfil diferente, sendo que alguns  utilizam mais o Facebook ou Instagram outros preferem o tradicional e-mail ou acessar diretamente o site da empresa, enquanto uma parcela ainda costuma utilizar o telefone. Por isso, é importante estar em todos esses canais e neles, além da possibilidade de receber mensagens ou responder comentários, ter atendentes disponíveis para teclar em tempo real.

Outro grande aspecto a ser considerado quando o assunto é ter um atendimento eficiente é a acessibilidade para pessoas com deficiência (PcD). Um bom exemplo disso é o Hand Talk, aplicativo brasileiro que acaba de ser premiado pelo Google, onde um software traduz mensagens em português para Libras, para atender os deficientes auditivos.

Então, sua empresa está preparada?

As estratégias mais comuns de peerings se resumem a ‘Restrictive’, ‘Open’ ou ‘Selective’.  Elas são definidas tanto pela parte técnica quanto pela parte de desenvolvimento do produto ofertado. Uma empresa com uma política ‘Restrictive’ normalmente não está inclinada a estabelecer peering com outras redes. Isso pode derivar de diversos fatores como o alcance do limite de capacidade em um determinado IX ou uma resoluta estratégia de venda de trânsito, que é um grande tópico, mas por agora, pense somente que não faz sentido para provedores de internet fazerem peering com potenciais clientes de compra de trânsito.

A política de ‘Open’ é basicamente o ponto oposto, onde a empresa está aberta a se conectar e trocar rotas com qualquer outra empresa. Ela pode fazer sentido para um grande provedor de conteúdo que tem como objetivo divulgar seu tráfego para a maior quantidade de redes possíveis, por exemplo.

A última estratégia é a ‘Selective’. Aqui os administradores da rede descrevem uma série de requisitos (volume e proporção de tráfego, nível de alcance geográfico, tipo de serviço oferecido etc.) para que potenciais negociações de peering possam ser realizadas. Se essas três estratégias não soam exatamente como “casado”, “solteiro” e “em um relacionamento aberto” para você, eu não sei mais o que dizer. Talvez apenas que envie um e-mail para aquele provedor de conteúdo que é seu crush. A comunidade está acostumada a receber essas solicitações de peering e tende a responder a elas muito bem.

As solicitações para peering privados (PNIs) ocorrem de maneira parecida, porém tendem a ser mais criteriosas. Como dito anteriormente, peerings privados demandam uma conexão física entre as duas redes. Sendo assim, é necessário que ambas troquem um volume de tráfego interessante (normalmente a partir de 1GB) para que o custo da conexão faça sentido. O conceito de peering não existe quando falamos de uma conexão de Trânsito IP convencional, pois seu objetivo é outro: receber toda a tabela de endereços da internet e garantir que sua rede, não importando o número de graus de separação, tenha acesso a qualquer conteúdo que esteja hospedado na internet.

No próximo post veremos como as coisas funcionam de maneira peculiar no Brasil.

Assine nossa Newsletter

Artigos mais lidos

Últimas notícias

Siga nossas Redes Sociais