O mercado de provedores de Internet no Brasil cresce ano a ano de forma acelerada, oferecendo espaço não só para grandes operadoras, como também para provedores regionais. O rápido crescimento desta vertical do mercado de telecomunicações começou há pouco, no final da década de 80.
Em 1988, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, o Ibase foi o responsável pela abertura da Alternex, primeira rede privada e independente das universidades pra acessar a internet, considerada o primeiro provedor brasileiro. Diversos pioneiros da rede brasileira tiveram o seu primeiro e-mail com a denominação @alternex.org.br.
Nestas 30 décadas que passaram de desenvolvimento de novas tecnologias e evolução em pesquisas, muita coisa mudou. Um bom exemplo é o mercado de provedores regionais que no ano passado contribuiu em mais de 70% da expansão de banda larga e já se aproximam 20% de market share, se aproximando de grandes operadoras.
Cerca de 5,7 mil provedores de internet estão ativamente informando dados para a Anatel, ou seja, estão em plena operação, sendo 97,3% com mais de 5 mil assinantes. Os provedores regionais passaram de 8,5% do mercado para 17,4% de participação de mercado, segundo dados da Anatel.
No setor das telecomunicações, um fenômeno nítido pôde ser observado ao longo dos últimos meses e gera grandes expectativas em relação ao futuro: estamos falando do aumento nas instalações de fibras ópticas para ampliar o acesso à banda larga, sobretudo nas casas atendidas por provedores de internet.
Esta evolução na atuação se deve a diversos fatores que vão desde o atendimento diferenciado prestado pelos provedores até novas tecnologias implementadas como a substituição de redes sem fio por fibras ópticas.
Dados da Anatel mostram que, em dois anos, entre 2015 e 2017, o total de acessos mensais por meio de fibra saltou mais de 630%, de 128 mil para 936 mil entre os provedores. Esse volume representa 34,5% do uso total de internet por fibra no Brasil, um avanço também impressionante visto que em 2015, essa porcentagem era de apenas 13%. Tudo isto contribuirá com as novidades dos projetos tanto público como privados ligados a Internet das Coisas (IoT).
Segundo dados da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) e da Anatel, a curva de crescimento dos provedores regionais deverá ter um crescimento mais acentuado do que a das operadoras nos próximos meses, seguindo a expectativa de dobrar o crescimento em dois anos. Atualmente são mais de cinco milhões de conexões.