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O poder feminino nos jogos: Entrevista com o time feminino do Valorant da B4

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Há algumas décadas, jogar videogame era considerado ‘coisa de menino’, mas o cenário mudou bastante e hoje, segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB) edição de 2021, as mulheres já são maioria nos jogos digitais, representando 51,5% dos jogadores.

E não só isso! Elas estão começando a dominar também as ligas profissionais e os grandes campeonatos, que estão promovendo competições exclusivas para elas. Sendo as mulheres maioria nos jogos, as empresas já perceberam o poder que o público feminino possui e estão investindo cada vez mais na categoria. Para comentar sobre esse assunto, entrevistamos a equipe feminina do jogo Valorant da B4. Confira:

Perfil da equipe

Nome no jogo: isaa

Nome: Isabeli Esser do Nascimento

Idade: 18

Nome no jogo: Shizue

Nome: Carolina Miranda de Souza

Idade: 27

Nome no jogo: celinett

Nome: Celine Borges

Idade: 22

Nome no jogo: Shyz

Nome: Luisa Minarelli

Idade: 25

Nome no jogo: tayhuhu

Nome: Taynah Yukimi

Idade: 22

Eletronet: Como começou a jornada de vocês no mundo dos games e como se tornaram jogadoras profissionais?

ISAA: Um dia o time da Tay precisou de uma menina para completar o time durante um campeonato e a nanah (que na época era do time dela) pediu para que eu fosse essa pessoa. Isso aconteceu de última hora, conheci a Tay assim e, posteriormente, ela me chamou para um time e eu resolvi tentar, as coisas deram certo para gente bem rápido e quando eu percebi já estava me profissionalizando.

SHIZUE: Eu iniciei jogando videogame, supernintendo, playstation, na época eu jogava com o meu primo e minha prima, desde então eu sempre estava jogando, até eu ganhar um computador e ir para o mundo dos games online. Eu joguei League of Legends (LOL) por alguns bons anos, e quando surgiu Valorant resolvi testar e adorei, quando percebi que havia facilidade com o jogo, resolvi jogar campeonato com time fake até encontrar esse time maravilhoso que estou hoje.

CELINETT: Comecei jogando com alguns amigos da escola que me ‘zoavam’ por eu ser ruim, então comecei a treinar para superá-los e me destaquei, acabei sendo chamada pra meu primeiro time feminino.

SHIZ: Meu pai tinha uma lanhouse quando eu era pequena, então cresci no meio dos PCs. Na época os jogos eram Lineage, MU online, CS 1.6. Comecei a gostar de jogos por conta do meu pai, ele foi minha porta para esse mundo. Agora jogadora profissional, iniciei no LOL, passei por times como Falkol e Bulldozer antes de descobrir minha paixão por Valorant!

TAY: Jogo desde os 3, 4 anos de idade com o meu pai, passei por milhares de jogos, testei muitos estilos de games e amei o FPS. Aos 14 anos quando eu conheci o competitivo, veio junto a vontade imensa de entrar no cenário e me profissionalizar. Obviamente a caminhada não foi fácil, principalmente por ser mulher, mas hoje me vejo conquistando muitas coisas.

Eletronet: Vocês costumam jogar outros jogos além do Valorant?

ISAA: Jogo Aimlab e alguns jogos brincando com amigos, como Pummel Party, Overcooked etc.

SHIZUE: Sim, eu jogo New world e raramente brinco no League of Legends e Counter Strike, no entanto sempre testo jogar outros games por um pequeno período.

CELINETT: Sim, jogo GTA RP onde faço parte de uma gangue feminina.

SHIZ:  Costumo jogar uns jogos aleatórios com amigos, como Pummel Party e WOW, ou até mesmo o jogo novo New World.

TAY: Eu gosto bastante de jogar diversos joguinhos para me divertir com meus amigos, como Overcooked, Stardew Valley, às vezes um CS, para descontrair!

Eletronet: O Valorant é um jogo de FPS (Frames Per Second ou quantidade de quadros por segundo que o PC é capaz de exibir) que já nasceu com a proposta de ser mais inclusivo com as mulheres, vocês sentem essa diferença em relação a outros jogos?

ISAA: Com certeza, ter o apoio da própria empresa que desenvolve o jogo é algo muito grande e que incentivou muita gente a acreditar nesse sonho de competir

SHIZUE: Com certeza eu sinto isso, no League of Legends, por exemplo, as oportunidades são bem poucas, já no Valorant já surgiram diversas oportunidades desde o início e o cenário está cada vez mais gigante.

CELINETT: Com toda certeza, o cenário desde o princípio foi feito para ser mais acolhedor.

SHIZ: Com toda certeza do mundo. Como eu sempre fui meio competitiva e sempre quis ver tudo o que eu fazia de uma forma mais profissional e o Valorant proporciona isso. Até mesmo no LOL, que é da mesma empresa, foi bem complicado, as portas começaram a se abrir esse ano e fico até orgulhosa porque algumas meninas que estão conquistando espaço no LOL hoje já foram do meu time antigamente.

TAY: Com certeza! Em todos os jogos em que eu passei nunca teve tanto investimento pela própria empresa do game nas mulheres, e é muito legal notar que as organizações estão começando a investir em nós. Passei por um jogo onde tive que ouvir que éramos apenas 5% que pertencia àquele jogo e por conta disso não investiam em nós, então é muito bom saber que a Riot está investindo e fazendo essa inclusão.

Eletronet: As mulheres têm conquistado mais espaço nos games e hoje já são maioria nos jogos digitais, segundo pesquisa da Game Brasil. Mesmo assim, ainda há reclamações por parte do público feminino em relação a assédio e falta de respeito com as jogadoras. Vocês já vivenciaram algo nesse sentido dentro dos jogos ou Live Stream?

ISAA: Poucas vezes, mas já. É algo que vem melhorando com o tempo e eu sinto que o Valorant é um ambiente um pouco mais agradável que outros jogos, mas ainda há vários relatos de meninas que sofreram algum tipo de comentário ou ato machista.

SHIZUE: Sim, já vivenciei durante algumas partidas de League of Legends e em algumas partidas no Valorant, mas comparado a alguns anos atrás, tem ocorrido menos. Eu me refiro à minha experiência, sobre o que eu passei.

CELINETT: Sim, infelizmente, ainda é muito comum.

SHIZ: Infelizmente já passei por alguns momentos como esse, mas hoje em dia vejo acontecer menos, porém não deixa de existir. O que deveria ter, talvez, para coibir essa prática seria uma punição maior.

TAY: Infelizmente é algo que acontece com muita frequência, tanto na comunidade, quanto com os profissionais. Nessas áreas ainda existe muito machismo, e acontece em qualquer horário, em qualquer lugar, a qualquer momento e nunca existe um motivo certo, sempre foi aquele ódio gratuito.

Eletronet: Como vocês avaliam o cenário feminino de games atualmente? Há mais oportunidades para as mulheres como campeonatos femininos e mais empresas dispostas a patrocinar jogadoras?

ISAA:  Com mais campeonatos, o apoio da Riot e a mídia divulgando, o cenário feminino só tende a crescer. As empresas precisam estar atentas para esse movimento e apoiarem as meninas para darem mais oportunidades.

SHIZUE: Eu vejo o cenário feminino crescendo cada vez mais e gerando muitas oportunidades para as meninas, dando oportunidade de conseguir uma renda trabalhando e fazendo o que amam.

CELLINET: Com toda certeza já sinto a mudança em comparação há 7 anos atrás quando comecei. Tenho boas esperanças para o futuro.

SHIZ: Eu vejo uma constante evolução nisso e nos patrocínios que estão dando mais atenção para as jogadoras, o que me deixa muito orgulhosa.

TAY: Depende dos jogos, ainda vejo que não existe muito investimento no cenário feminino de outras áreas em outros jogos, mas vejo que as empresas já estão começando a fazer essa inclusão. A cada dia percebo que tem mais campo e mais investimento por parte de organizações e campeonatos.

Eletronet: Na opinião de vocês, de que forma as empresas de jogos poderiam contribuir para um ambiente de game mais saudável e igualitário?

ISAA: Ouvir mais as mulheres e as minorias e não deixar passar impune quando alguém sofrer algum tipo de preconceito, pois eu já perdi as contas de quantas vezes fui marcada ou recebi uma mensagem onde alguém dizia que sofreu um assédio, reportou mas nada aconteceu com a pessoa. Isso desestimula a continuar jogando.

SHIZUE: Acho que dando mais oportunidade para as mulheres, mais campeonatos, incentivos para jogar, treinar e ser cada vez melhor, chegando um dia em que as mulheres consigam “bater de frente” com os homens e podendo receber o mesmo valor salarial.

CELLINET: Gerindo sua comunidade de forma igualitária, incentivando e apoiando as minorias e punindo todo tipo de preconceito no jogo.

SHIZ: Acredito que apoiando as minorias e punindo todo tipo de preconceito já é um grande avanço. Além de apoiar os campeonatos femininos oficiais também.

TAY: Eu acredito que está faltando punições mais severas, porque se você não faz isso, as pessoas simplesmente acreditam que vão poder continuar fazendo a mesma coisa. Além disso, outra forma seria trazer investimentos que visam a entrada das mulheres também no cenário misto, pois muitas vezes você vê empresas fazendo campeonatos mistos no mesmo dia em que tem um campeonato grande feminino, e é complicado participar dessa forma. Também acredito que mais organizações de grandes nomes poderiam investir nisso e também valorizar esse investimento, pois vi muitas amigas sendo contratadas e não valorizadas pela organização. A inclusão só vale quando você também trata os times femininos de forma igualitária.

Eletronet: Quais dicas vocês dariam para quem quer ingressar no mercado de game profissional?

ISAA: Se esforce, seja sempre a sua melhor versão e acredite no seu sonho. Saber conciliar as coisas no começo, porque não vai ser desde o início que você vai conseguir viver disso.

SHIZUE: Seja uma pessoa muito perseverante, treine, melhore e jogue muito, não deixe que comentários maldosos afetem o seu valor porque vocês são muito mais que isso, e todas nós temos capacidade de sermos cada vez melhores.

CELLINET: Tenha resiliência e faça um pouco da mudança que você quer no mundo, não adianta sentar e esperar que tudo se resolva sozinho.

SHIZ: Acredite sempre e nunca desista, pode ser que seja difícil, mas no final vai valer a pena. Já quis desistir muitas vezes e hoje eu percebo que todo meu esforço e persistência valeram a pena. E, principalmente, seja forte, pensamento positivo sempre, acredite sempre em você porque se você não acreditar, ninguém mais vai.

TAY: Eu diria para não desistir nunca, pois terão mil obstáculos pela frente, e como mulheres esses obstáculos são ainda maiores, mas vamos sempre nos apoiar como mulheres e nunca deixar que pessoas acabem com nossos sonhos! Treinar bastante e se dedicar muito!!!

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